Introdução — por que esse assunto importa agora
Dirigir após consumir bebida alcoólica continua sendo uma das principais causas de acidentes graves nas ruas e rodovias. Em São Paulo, por exemplo, as autuações por dirigir alcoolizado cresceram de forma expressiva nos últimos anos — um sinal de que a fiscalização está mais intensa e que as penalidades podem sair caro para o bolso e para a liberdade do motorista.
O que é o teste do bafômetro e como ele funciona
O bafômetro (etilômetro) mede a presença de álcool no ar exalado e é usado pelas blitz para identificar motoristas sob efeito de álcool. Há faixas de leitura que determinam desde tolerância até infração gravíssima — por exemplo, leituras acima dos limites administrativos acarretam multa e suspensão da CNH. Em campanhas informativas o Detran e órgãos de trânsito explicam como o aparelho é aplicado durante a abordagem.
Quais são os riscos de dirigir alcoolizado
- Segurança: álcool reduz reflexos, aumenta tempo de reação, prejudica julgamento e percepção de riscos — aumentando muito a chance de colisões graves.
- Vida e integridade: acidentes envolvendo álcool têm maior probabilidade de resultar em ferimentos graves ou morte.
- Responsabilidade legal: além da multa, há risco de processos administrativos e até criminais (em caso de acidente com lesão corporal ou morte). Órgãos de trânsito reforçam a fiscalização e a responsabilização.
Penalidades e valores (resumo prático)
- Multa administrativa: a infração por dirigir sob efeito de álcool (art. 165 do CTB) ou por recusa ao teste (art. 165-A) é considerada gravíssima. O valor aplicado corresponde a R$ 2.934,70 (valor padrão de infração gravíssima multiplicado conforme legislação vigente). Em caso de reincidência no período de 12 meses, a multa pode ser duplicada.
- Suspensão da CNH: 12 meses de suspensão do direito de dirigir (curso de reciclagem pode ser exigido).
- Pontos na CNH: a autuação por infração gravíssima geralmente gera 7 pontos na carteira.
- Medidas administrativas: retenção do veículo e recolhimento da CNH na hora (dependendo da situação).
- Responsabilidade criminal: se houver flagrante de crime de trânsito (ex.: acidente com lesões) pode haver processo penal, inclusive com pena que varia conforme o caso.
O que acontece durante e após a abordagem (passo a passo)
- Parada na blitz: o agente identifica indícios (sintomas, teste rápido) e solicita o teste.
- Realização do teste: sopro no etilômetro. Há níveis de leitura: abaixo do limite pode haver tolerância; leituras acima configuram infração administrativa.
- Recusa ao teste: recusar o bafômetro é tratado como infração autônoma e sujeita às mesmas penalidades da “posse” de álcool ao volante (multas, suspensão). Não é “escapar” da penalidade.
- Medidas práticas: apreensão/retenção do veículo, recolhimento da CNH e autuação. Posteriormente, processo administrativo pode resultar em suspensão ou outras sanções.
Como se resguardar / o que fazer depois da autuação
- Não assine nada sem ler: analise o auto de infração e guarde todos os documentos.
- Recurso administrativo: é direito do condutor apresentar defesa e recursos no processo administrativo (etapas: defesa prévia, recurso em primeira instância, recurso em segunda instância). Consulte um especialista em defesa de trânsito se necessário.
- Provas: fotos, vídeos, testemunhas e checagem de irregularidades na abordagem (ex.: falha de procedimento) podem ajudar na defesa.
- Recorrência: atenção — a reincidência (nova infração em até 12 meses) aumenta penalidades e pode levar à cassação ou duração maior de suspensão.
Conclusão — o raciocínio que importa
Além do impacto financeiro, dirigir alcoolizado traz risco real à vida, à liberdade e à carteira. As campanhas e operações de fiscalização mostram que as autuações aumentaram, o que torna ainda mais importante ser preventivo: combinar transporte, evitar dirigir após beber, ou optar por app de carona/ táxi quando beber. Prevenir é sempre mais barato e humano do que enfrentar multa, suspensão e — pior — um acidente.